2007/02/10

Drogas Legais





Ou ando noutro Mundo,ou não entendo nada deste.

Abriu uma loja em Aveiro, que se dedica à venda de "drogas legais". Foi licenciada pela Câmara, como um estabelecimento "ervanário especializado".
Lá, podem-se comprar,cactos, plantas de ayahuasca, kits para produção de cogumelos, livros, vídeos e produtos com referências a marijuana e cannabis.
Claro que a policia fechou temporáriamente a "ervanária", levou alguns produtos para analisar e a loja reabriu ao público.

Ora que eu saiba, ainda não foi legalizada qualquer tipo de droga em Portugal.
Num País, em que se perseguem os fumadores, que está em vias de legislar acerca do consumo de álcool e de outros vícios, que segundo a nossa família governamental, prejudicam a saúde, é no mínimo estranho, que abram casas deste tipo.

Se os portugueses, não são capazes decidir as suas vidas, que precisam de Leis para tudo, como entregam aos nossos jovens a liberdade de "viajar" pelo mundo da ilusão induzida?

Portugal está desorientado nas suas prioridades,a ânsia de copiar tudo o que os EUA, mandam e que a Europa cegamente cumpre, faz com que se esqueçam as realidades do País.

Não faltará muito, para que um não fumador se julgue no direito de dar uma valente sova, a um fumador e depois vá comprar um cogumelo para o filho fazer uma rave com os amigos.

Ordem e bom senso Sr. Sócrates, não se esqueça, que para um País evoluir,precisa crescer, primeiro em cultura e informação, em recuperar a sua história e orgulhar-se das suas raízes, antes que outras modernices e tecnologias lhe sejam facultadas.

Temos 20 anos de atraso, mental e económico. Não se pode construir uma casa sem alicerces Sr. Engenheiro&Companhia, senão corre o risco de nunca vir a ser habitada.

Melody

2007/02/07

O Referendo II


Na passada segunda feira, no programa "Prós e Contras", debateu-se novamente a interrupção voluntária da gravidez.

Não posso deixar de aqui, fazer algumas considerações ao que ouvi pela parte dos apoiantes do "Não".

Vivemos num Estado Democrático, onde cada um de nós é livre de expressar as suas opiniões, mas não, de manipular e falsear questões que digam respeito à liberdade de direito de cada um de nós.

Existe uma Lei, aprovada, que mediante alguns condicionalismos, aceita a interrupção da gravidez, mas continua a penalizar todas as mulheres que por algum motivo recorrem a essa interrupção clandestinamente, correndo risco de vida e dando fortunas a ganhar, a quem, muitas vezes não tem competência para o fazer.

O "Não" mudou de tática, e isso não posso admitir nem como cidadã nem como mulher.

1º- A actual Lei não será mudada, como agora os apoiantes do "não", querem fazer crer.

2º- Propõem que seja formado um tribunal arbitral, no qual se decidirá, se a mulher teve ou não razões para interromper a gravidez.

Pergunto: Quem pode decidir sobre as razões de quem? Isto seria uma ingerência na vida privada de cada um de nós.

3º- Propõem serviços cívicos para as mulheres dadas como "culpadas".

Pergunto: Serviço cívico, como castigo do quê? de quem? porquê?

4º- Propõem mais aconselhamento e facilidades de acesso ao planeamento familiar.

Pergunto: Como? se as maternidades estão a ser encerradas um pouco por todo o País?
E que menina de 15, 16 anos vai a uma consulta dessas?

5º- Propõem melhores condições de vida às mulheres grávidas (ajudas de custo, protecção no emprego...etc.

Pergunto:- Como? num País à beira da falência? e por quanto tempo? e em que quantidade? e em que qualidade?.

Srs. do "Não", sejam honestos na campanha que fazem, chamem os "burros pelos nomes" e não bebés a fetos mal desenvolvidos.

Deixem de chamar "vida" ao que ainda é um projecto de o poder vir a ser.

Porque, a serem verdade todas essas nomenclaturas, então farei como aconselha a ANGEL, no fórum do referendo e vou já a correr adoptar uma alface, antes que os apoiantes do "Não" resolvam abrir-lhes um Centro de Acolhimento.


Melody