2006/12/23

O Natal


Este ano passou a correr, custa-me a acreditar que só falta 1 dia para o Natal.
Adorava o Natal!
Fascinavam-me as decorações das lojas, as ruas iluminadas, que serviam de pretexto para uma excursão por Lisboa à noite, o fazer da árvore (sempre a dia 8), a escolha da ementa, a decoração da mesa, sempre diferente de uns anos para os outros, até à alegria da abertura das prendas.
Com o passar dos anos, o Natal começou a cansar-me, até chegar ao significado que presentemente lhe dou...um frete!
Estranho estas mudanças em mim, mas serão provavelmente consequência de um crescimento interior, acrescido da perda da inocência.
Olho para as pessoas atarefadas com as compras, fazendo os possíveis para darem, o que os outros esperam, gastando todo o subsídio e ficando a dever ainda mais.
A hipócrisia dos relacionamentos, os desejos de felicidade e de Paz a quem durante todo o ano se fez a vida negra, beijos de Judas e abraços de sem sentido, fazem com que me interrogue do porquê de tanto folclore?
Não bastaria a honestidade de um bom jantar entre família e amigos, em que se lembrassem bons e velhos tempos, acompanhado por petiscos tradicionais da época?
Se no Natal os cristãos celebram o nascimento de um homem,que primou pela modéstia, elevou os valores da Alma, do Amor, da Amizade, das diferenças e compaixão pelo próximo, não entendo o porquê de tanto vazio e miséria Humana.
Para mim,o Natal valerá hoje e sempre, apenas como o pretexto para um convívio entre pessoas que se amam verdadeiramente e sem as quais a vida não faria qualquer sentido.

Melody

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